Caros amigos,
Meu nome é Pedro Castro, sou um jovem de 18 anos e ex-aluno salesiano disposto a contrinbuir para o crescimento individual e coletivo das pessoas que o Senhor da Vida põe em meu caminho. Disponibilidade e desejo adquiridos em minha passagem pelo colégio do Carmo Belém. Passagem esta que marcou minha vida e encheu-me de alegria e orgulho, pois foi justamente nessa casa que eu escrevi parte importânte da minha história de vida.
Lembro-me de quando era aluno, dos amigos, das festas, das atividades, sempre fazendo o possível para estar presente nos trabalhos pastorais, atuando no grupo de coroinhas, oratório, grupo de jovens, catequese. Onde de fato necessitava de esforço e doação, alí, eu e meus colegas procuravamos nos fazer presentes. Esta é a missão de todos nós, jovens entusismados com a vida e com o Senhor da vida.
Certamente fiz amizades importantes e não tenho dúvidas de que são amizades para sempre. Jovens que chegavam, que saíam, mas que estavam alí, sempre presentes. Eram, também, religiosos salesianos, cujo os nomes ainda recordo pela tamanha importância e proximidade, como os padres Alberto, Zé Raimundo, Gennaro, François, Amiraldo Sousa, Zema, Gualberto, Laudato, e outros salesianos que me ensinaram o que Dom Bosco queria dos jovens, ou melhor, quem era Dom Bosco. Jamais poderia esquecer dos amigos Daniel Cunha (hoje diácono, que em agosto será ordenado padre), do Ir. Matias Juan e de outros que com maior ou menor contato fizeram-se presente em minha caminhada.
Com certeza, uma longa caminhada repleta de dificuldades e vitórias. Ainda bem que nós possuíamos a escola, a família, os amigos, pois, o desgaste era grande, sempre consumindo nosso tempo, nossas forças. Entretanto, a realização de ver um trabalho se desenvolvendo e crescendo, como filhos que crescem ao lado dos pais, nos enchia de alegria e nos entusiasmava cada vez mais, nos fazendo perceber que, realmente, Dom Bosco tinha razão: todo jovem que chega em uma casa salesiana, vem pelas mãos de Nossa Senhora.
Vimos milagres, realizações e vitórias em cada um que chegava ou saía. Sempre fico muito feliz ao entrar na casa de D. Bosco, sinto-me em casa novamente e é esta mesma necessidade de cuidar desta casa que me faz recordar de um lema muito usado pelos religiosos ao se ordenarem presbíteros: "O zelo por tua casa me consome."
Este zelo não é somente material, é principalmente espiritual. Cuidar da casa do Senhor se equipara, no sentido, a cuidar das coisas do reino de Deus, das almas que Ele nos permite auxiliar, acompanhar, logo, cuidar da juventude.
Em meio a tantas mudanças em minha vida, sinto a real necessidade desse retorno ao seio da família salesiana, como o filho pródigo que retorna a casa do pai.
Na certeza do acolhimento dos meus irmãos, amigos e filhos, faço um momento de apresentação e dedico o meu retorno à todos que jamais desistiram de mim, à Dom Bosco e aos anjos e santos do céu, que não cessam de interceder pela juventude.
Do sempre amigo,
Pedro Castro.